Meus versos são como folhas que ao vento balançam do outono que se finda numa tarde ensolarada. De tanto açoitadas não resistem – ao solo se lançam mas guardam ainda do que foi sua forma estampada. O tempo não passa – mas nós sim passamos ! Então recuo, volto no tempo e busco minhas lembranças. Estão lá todas as memórias, todos os momentos vividos. Vejo tudo que vivi, mas mudar o que foi – isso não posso! O tempo não passa, não anda – mas nós sim, nós passamos em viagens infinitas, por estradas que séculos atravessam. Não tenho mais pressa, o importante é saborear o momento. Correr atrás do tempo é ilusão e ao buscá-lo perdemo-lo. Sei que todo caminho nos leva a novas e intrigantes paragens. Assim é a ciranda do tempo a nos impulsionar em direção a novos horizontes por estradas sinalizadas com mensagens nos alertando sobre o que nos aguarda nas próximas estações.