terça-feira, dezembro 16, 2008

Ciranda do Tempo

Meus versos são como folhas que ao vento balançam
do outono que se finda numa tarde ensolarada.
De tanto açoitadas não resistem – ao solo se lançam
mas guardam ainda do que foi sua forma estampada.

O tempo não passa – mas nós sim passamos !
Então recuo, volto no tempo e busco minhas lembranças.
Estão lá todas as memórias, todos os momentos vividos.
Vejo tudo que vivi, mas mudar o que foi – isso não posso!

O tempo não passa, não anda – mas nós sim, nós passamos
em viagens infinitas, por estradas que séculos atravessam.
Não tenho mais pressa, o importante é saborear o momento.
Correr atrás do tempo é ilusão e ao buscá-lo perdemo-lo.

Sei que todo caminho nos leva a novas e intrigantes paragens.
Assim é a ciranda do tempo a nos impulsionar em direção
a novos horizontes por estradas sinalizadas com mensagens
nos alertando sobre o que nos aguarda nas próximas estações.

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